sábado, 12 de dezembro de 2009






É nisto que o António Costa pretende transformar Lisboa

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009


SOBRE A ESTIRPE NACIONAL - UMA GREI ANTIGA, EUROPEIA E UNA

Desta caixa de comentários do Gladius, retiram-se as seguintes passagens de estudos sobre a composição genética da população portuguesa, apresentadas pelo camarada Portugal Sempre, pelas quais lhe agradeço (as letras engrossadas e coloridas são da minha responsabilidade):

(Trabalho de 1997):
HLA-A, -B, -DRB1, -DQA1, e DQB1 alelos foram estudados nas populações ibéricas e argelinas por serologia e sequências de DNA.
A relação genética e cultural entre Bascos, Espanhóis e paleo-norte-africanos (Berberes e Tamazigues) foi estabelecida. Os Portugueses também mantiveram um certo grau de características culturais e etno-específicas desde tempos antigos. Os resultados do presente estudo HLA nas populações portuguesas mostram que têm características em comum com Bascos e Espanhóis de Madrid: altas frequências de haplotipos HLA A29-B44-DR7 (Antigos Europeus Ocidentais), A2-B7-DR15 (Europeus Antigos e paleo-Norte-Africanos), e A1-B8-DR3 (Europeus) são características comuns. Os Portugueses e os Bascos não mostram o haplotipo mediterrânico A33-B14-DR1, sugerindo um mais baixo grau de mistura com Mediterrânicos; os Espanhóis e os Argelinos têm este haplotipo em quantidades relativamente altas, indicando uma influência genética mediterrânica mais extensiva.
O haplotipo paleo-Norte-Africano A30-B18-DR3, presente nos Bascos, nos Argelinos e nos Espanhóis também não é encontrado nos Portugueses. Os Portugueses têm uma característica única entre as populações do mundo: uma alta frequência de HLA-A25-B18-DR15 e de A26-B38-DR13, o que pode reflectir um ainda detectável efeito original vindo dos antigos Portugueses, i.e., os Oestrímnios e os Cónios; os Bascos e os Argelinos também mostram haplotipos específicos, A11-B27-DR1 e A2-B35-DR11, respectivamente, mostrando provavelmente um degrau relativamente mais baixo de mistura. Um dendrograma aproximador coloca os Bascos, os Portugueses, os Espanhóis e os Argelinos mais próximos uns dos outros e mais separados das outras populações. Provas genéticas, culturais, geológicas e linguísticas também sustentam a hipótese de que gente vindas da área fértil do Saara emigraram em direcção ao norte (Europa, Mesopotâmia, ilhas mediterrânicas e costa norte-africana), quando uma alteração climática tornou o clima drasticamente mais quente e seco, em cerca de 10.000 a.C..
Invasões por parte de Centro-Europeus (Celtas) durante o primeiro milénio a.c. podem ter tido lugar e dado origem aos Lusitanos, que foram primeiramente definidos como os relativamente unificados guerreiros ibéricos que lutaram contra os invasores Romanos (Ramos-Oliveira 197 la). Apesar de a língua e arte de Tartessos ser também encontrada no sul de Portugal, é possível que as tribos paleolíticas que povoaram Portugal fossem distintas das outras ibéricas. Estas são os Oestrímnios (norte de Portugal) e os Cinetes ou Cónios (sul de Portugal). 
No entanto, o grau de semelhança genética dos Portugueses com outros grupos étnicos da Península Ibérica (Bascos) e Espanhóis e paleo-Norte-Africanos é incerto.

Como diz o camarada Portugal Sempre, «o maior estudo de Y-SNP e Y-STR (Beleza et. al. 2005), com o maior número de amostras em todos os distritos do país, revela os seguinte:

Não foram encontradas diferenças significativas nas frequências de haplogrupos entre distritos (P = 0.09, teste exacto), bem como entre o norte, o centro e o sul (P = 0.64, teste exacto), ou entre províncias (P = 0.66, teste exacto). (...) Não foram encontradas correlações entre a frequência de qualquer haplogrupo e a latitude e longitude.
Autocorrelogramas espaciais foram também calculados através da AIDA (Bertorelle & Barbujani, 1995). Diferentes modos de dividir pares de populações em classes de distância apresentaram consistentes correlações não significativas (dados não apresentados). O mesmo é verdade para as frequências de todos os grupos presentes nas amostras portuguesas. Os valores da diversidade dos haplogrupos variam entre 0.402 e 0.893.Não foram encontradas diferenças nestes valores entre o Norte, o Centro e o Sul (teste Mann-Whitney, P > 0.05).
No entanto, a posterior Reconquista Cristã é descrita (Bartlett, 1993) como um período de extensas migrações em toda a Península Ibérica, envolvendo o repovoamento da Ibéria em larga escala. Isto pode ter apagado quaisquer distribuições diferenciais do cromossoma Y que possam ter existido no passado, especialmente o E3b1b; e hoje testemunha-se em Portugal uma paisagem genética deveras homogénea (e provavelmente também na maior parte da Ibéria; Flores et al. 2004), pelo menos no que diz respeito ao aspecto masculino.
A descoberta de uma base muito homogénea para a constituição genética do cromossoma Y portuguesa, e todas as fortes indicações de que as mesmas características são encontradas nos seus correspondentes femininos, são de grande relevância para os estudos associados.
Embora a diferenciação genética tenha uma distribuição casual, e alguns genes de interesse genético epidemiológico mostrem mais estratificação do que as linhagens de Y, é de qualquer modo verdade que o cromossoma Y é a região genómica mais sensível à variação, e portanto, com a maior oportunidade de estratificação.
Os baixos níveis de diferenciação do cromossoma Y em Portugal dão mais confiança ao uso de amostras gerais portuguesas em casos de controlo de modelos.
Caracterização Genética de 52 SNPs Autossomais na População Portuguesa
R. Pereira, et al. (2007)
Para a População Portuguesa, não havia dados previamente disponíveis sobre a estrutura populacional e a diversidade genética autossomal.
Neste trabalho, caracterizámos cinquenta e dois SNPs autossomais em três regiões de Portugal continental (Norte, Centro e Sul), usando um exame SNPforID multiplex.
Comparações feitas entre as três regiões revelou uma homogeneidade genética dos SNPs estudados através do País, permitindo o uso de uma base comum a todo o território.
 (...)
Assim se comprova que, de facto, em Portugal somos todos mais ou menos primos e que há, apesar das misturas, uma homogeneidade etno-racial de Norte a Sul, que combina, de resto, com a sua unidade linguística e solidez de consciência nacional.